domingo, 22 de março de 2009

JORNALISMO CULTURAL



“Jornalismo tem que estar no sangue.Jornalismo cultural tem que estar no DNA.”


No Jornalismo cultural, os desafios não são poucos, os prazeres também não.

Quando se fala em jornalismo cultural, pelo menos duas questões demandam esclarecimento imediato: o que se entende por “cultura” e o que se entende por “jornalismo”. A rigor, todos os fatos noticiados são culturais, “afinal a cultura está em tudo, é de sua essência misturar assuntos e atravessar linguagens” (PIZA, 2003, pag. 7).

O termo Jornalismo cultural para a grande imprensa desempenha um papel meramente secundário, quase decorativo, Porém a cultura está em tudo é de sua essência misturar assuntos e atravessar linguagens.O empobrecimento do jornalismo cultural vem também da banalização de seu alcance, é preciso que ele recebe um tratamento especial ou seja diferenciado. As revistas de variedades se diversificaram e inspiraram, mais tarde, as chamadas “revistas eletrônicas”, ou programas televisivos de variedades. Por outro lado, a influência televisiva no jornalismo cultural impresso resultou no entrelaçamento cada vez mais evidente entre informação jornalística e entretenimento. Como resultado, o debate de idéias, uma das marcas históricas do jornalismo cultural, perdeu espaço.

É por conta da avalanche dos produtos da indústria cultural relacionadas às notícias sobre o imediato que recai parte da crítica atual sobre a banalização do jornalismo cultural, que pouco se debruça sobre a produção cultural entendida como processo cultural. Boa parte da produção cultural presente na mídia está assentada na arte lançada pelo mercado e no lazer, levando, muitas vezes, o produto cultural à condição de mercadoria, quantificado e qualificado numa escala de valores.


Foto: Elizangela Amorim
Legenda: Maria Lima, Elba Ramalho e Dominguinhos



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